São três as “surpresas” que encontrei nas minhas contas bancárias ao analisar o orçamento de Fevereiro: um débito directo a mais em electricidade, cobrança indevida(?) de comissões de manutenção de conta, e um débito directo a mais em ginásio.

Fevereiro foi para mim um mês particularmente infeliz no que toca ao orçamento que tinha definido. Não só ultrapassei vários dos limites que defini no Boonzi, como surgiram algumas despesas imprevistas com saúde, vestuário e habitação.  Para agravar, ao olhar para o orçamento soaram dois “alarmes” (que se juntaram a um “alarme” pendente desde Dezembro):

  1. A minha despesa em electricidade foi surpreendentemente alta, resultante de um débito a mais sem explicação;
  2. Foram-me cobradas comissões de manutenção de conta sem razão para tal;
  3. Confirmei que o ginásio me havia cobrado uma mensalidade a mais em Dezembro;
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O meu orçamento de Fevereiro

Por respeito aos fornecedores dos serviços acima, optei por não indicar o seu nome neste artigo.

Electricidade: um débito a mais

Ao analisar o orçamento de Fevereiro, constatei que a despesa em electricidade era exageradamente alta. Poderia tratar-se de um acerto do fornecedor de energia, no entanto havia uma transacção a mais na minha conta resultante de um débito directo.

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Orçamento em electricidade largamente ultrapassado

Ao clicar sobre o orçamento de Electricidade, constatei que haviam dois débitos do mesmo fornecedor. Fiz login no site do meu fornecedor de electricidade, conferi os valores de todas as facturas com as transacções no Boonzi, e confirmei que um dos débitos não correspondia ao valor de nenhuma das facturas.

Liguei ao meu fornecedor de electricidade (atendeu após umas 8 chamadas…) que me indicou que não tinham do lado deles registo desse débito. Como mudei do mercado regulado para o liberalizado recentemente, colocaram a hipótese de se tratar de um débito pendente do fornecedor anterior (a entidade que debita é a mesma, pelo que já terão percebido qual é…).

Liguei para o fornecedor anterior, que indicou também não ter nenhum registo para esse débito. Porém, para minha admiração, indicaram-me que há outros fornecedores de serviços – água, gás, etc – que podem realizar débitos através dessa entidade (?!?). Portanto, tenho agora nas mãos a aventura de descobrir qual o serviço responsável por esse débito directo…

Plano de acção: amanhã visitarei o meu banco para tentar decifrar o mistério, e caso não haja explicação pedirei ao banco para eliminar o débito directo responsável por esse movimento (correndo o risco de vir um dia a ter uma queixa no Banco de Portugal).

Despesas bancárias: Comissões de manutenção de conta

A cobrança de comissões de manutenção de conta foi outra surpresa apanhada no orçamento.

Sou cliente de dois bancos. O banco 1 é o meu banco principal que uso para tudo (contas à ordem, crédito habitação, etc). O banco 2 funciona como banco de “backup” e possui apenas depósitos a prazo (com uma conta à ordem associada). Não o uso para mais nada além dos depósitos a prazo.

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Manutenção de conta, uma despesa imprevista em Fevereiro

Ao analisar o orçamento, constatei que havia uma categoria não orçamentada com uma despesa de 5,15€: manutenção do depósito. O banco 2 começou em Fevereiro a cobrar-me manutenção do depósito.

Não sei ao certo porquê, mas o certo é que já havia acontecido no ano passado – na altura, exigiram-me que aumentasse o património no banco.
Não faz qualquer sentido estar a pagar comissões para ter parte do meu património num segundo banco pelo que decidi, finalmente, deixar de ser cliente deste banco.

Plano de acção: levantar os depósitos a prazo, e encerrar toda a minha relação com o banco 2.

Ginásio: Um débito a mais (?)

O meu ginásio faz débitos directos quinzenais – portanto, pensava eu, seriam  duas transacções por mês. Em Dezembro reparei que o orçamento em ginásio tinha sido ultrapassado, e ao analisar os detalhes percebi que tinha na conta 3 débitos do meu ginásio. Um a mais, portanto.

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Orçamento em Fitness ultrapassado

Dei o benefício da dúvida, pensando que poderia ser um débito adiantado. Na altura, decidi esperar até final de Janeiro para averiguar, mas só agora o fiz. Confirmei que em todos os meses o ginásio realizou dois débitos mensais (não haviam nenhum em falta), pelo que havia efectivamente um débito a mais em Dezembro.

Liguei para o meu ginásio, que me resolveu o mistério. Ora, o meu ginásio cobra 6,60€ por semana. Ou seja, à primeira vista, são 26,40€ por mês. Porém, o valor é semanal e há meses com 5 semanas. Dezembro foi um desses meses…

Apesar de inicialmente me ter sentido defraudado, o ginásio tinha toda a razão. Em momento nenhum me enganaram – eu é que não fiz correctamente as contas quando fiz a minha inscrição.

Um ano possui 52 semanas. Isto dá 343,20€ por ano. O que equivale a uma média de 28,60€ por mês – e não 26.40€.

Plano de acção: analisar quais os meses com 5 semanas, e actualizar no www.boonzi.pt/ os orçamentos desses meses.

Conclusões

Débitos directos, bons ou maus?
Posso dizer que fiquei de pé atrás com débitos directos. Sempre fui apologista de débitos directos por serem extremamente práticos e por ter este “hábito” de confiar nas instituições. Já tinha tido alguns dissabores na conta bancária, mas nunca devido a débitos directos. Estou curioso de ver o que pode o banco fazer para resolver este caso, e consoante o raio de acção do banco repensarei a minha postura perante débitos directos.

Orçamentos: muito eficazes para apanhar estas surpresas
Sempre tive consciência da importância de controlar a conta bancária (usando o Boonzi), e o facto de o fazer já me livrou no passado de algumas surpresas desagradáveis.

No entanto com esta história apercebi-me de mais um uso para os Orçamentos do Boonzi. Além de me ajudarem a planear o futuro, os Orçamentos funcionam também como alertas extremamente eficazes para apanhar “surpresas” na conta bancária. Estas “surpresas” são sempre despesas não orçamentadas (ou acima do limite), pelo que ficam destacadas no Boonzi com uma barra vermelha de orçamento ultrapassado. Nenhuma escapa!

Finalizo com uma história antiga…
Para reforçar a importância de controlar a conta bancária, finalizo com uma história que me ocorreu por volta de 2008. Encontrei na minha conta uma despesa estranha realizada pelo banco. Depois de me dirigir ao balcão para perceber de que se tratava, indicaram-me que era relativa à anuidade de um cartão de crédito que me haviam enviado para casa em 2007… cartão esse que nunca pedi, nem nunca activei!
O caso resolveu-se, mas pergunto-me quantas despesas destas passam despercebidas ao nosso olhar se não tivermos atenção…

Já encontrou surpresas na sua conta? Partilhe a sua história na caixa de comentários abaixo. Tenho curiosidade em perceber o quão frequentes são estes casos.

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